Realizada neste domingo, dia 5 de fevereiro, a 1.ª feira PANC de Brasília foi um sucesso total. O evento, organizado pelo projeto ReFazenda em parceria com o movimento Other Food, aconteceu na 407 Norte, em espaço cedido pelo restaurante vegano Fazbem. Os expositores - Flora Orgânicos, Fazenda Bella e Hortelão - levaram plantas que deveriam ser conhecidas por todos os brasileiros como alimento mas, ao contrário, são consideradas pragas.
Na feira havia tanto alimentos in natura quanto comidas elaboradas com essas plantas. As preparações agradam a todos os paladares, inclusive os mais exigentes.
Plantas como moringa, ora pro nobis, capuchinha, folhas de batata doce, major gomes, malvaviscus, capim santo, taioba, araruta, umbigo de bananeira e muitas outras, além de quitutes deliciosos feitos com essas plantas estavam à venda e à degustação. Se você não conhece esses nomes e nunca comeu isso, não tem ideia do que está perdendo, tanto em termos de paladar como de saúde. E se você não quer nem provar, por puro preconceito alimentar, seu corpo vai continuar pobre em nutrientes e, mais cedo ou mais tarde, os médicos e laboratórios ficarão ricos tratando de você.
Mas mesmo para quem não gosta de provar novos sabores, havia geleia de jabuticaba, carambola em calda, urucum no óleo de girassol e até hortaliças que você conhece, mas plantadas em sistema agroflorestal: sem agrotóxicos e respeitando o meio ambiente.
Para a ativista ambiental Ana Borges, é importante ter um espaço para as pessoas conhecerem as plantas alimentícias não convencionais, ou plantas alimentícias tradicionais, porque são alimentos riquíssimos e que muitas vezes as pessoas jogam fora. Já o José Antônio Nunes Vasconcelos acha que a feira é um incentivo para as pessoas que não conhecem o poder das plantas virem, provarem e passarem a consumir também.
"A potência dessas plantas é incrível, tanto nas dimensões ambientais e econômicas quanto nutricionais. As PANC são estudadas mundialmente como uma estratégia de combate à fome e garantia do direito humano à alimentação adequada. Repopularizar seus usos e reconhecê-las como patrimônio alimentar da humanidade é essencial para promoção da saúde e desenvolvimento territorial, e importante, especialmente por sua origem vir de comunidades tradicionais e povos originais como indígenas e quilombolas". Afirma Bruna de Oliveira, nutricionista, co-fundadora do Other Food e integrante do ReFazenda.
Havia tanta coisa interessante que falaremos de cada uma delas nos próximos posts. Por enquanto, a gente fica aguardando a próxima feira, que pela quantidade de pessoas que lá compareceram, deverá ser realizada em breve.
As meninas do Projeto ReFazenda (https://www.facebook.com/refazenda.panc/), (foto Oia News). |
O biólogo Fábio Neves Vieira, do projeto Hortelão, trabalha com hortas orgânicas e jardins funcionais (https://www.facebook.com/produzaseualimento/?fref=ts). (foto Oia News). |
Osmany Segall, da Fazenda Bella (https://www.facebook.com/FazendaBella/). (foto Oia News). Durante toda a manhã o movimento foi enorme. (foto Oia News). As organizadoras do evento: missão cumprida (foto ReFazenda). |
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