segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Polícia e MP zombam dos cidadãos

Em plena campanha eleitoral, são comuns as denúncias de candidatos cometendo os mais terríveis crimes eleitorais. Todos os meios de comunicação de massa denunciam, com fotos, vídeos e declarações de testemunhas. No entanto, a polícia e o Ministério Público (MP) não processam nem prendem os criminosos.

Neste domingo, foi apresentado pelo programa de maior audiência no horário, para o Brasil inteiro, pessoas recebendo dinheiro de candidatos para votarem neles. No Distrito Federal, um candidato a governador já foi condenado em duas instâncias e é líder nas pesquisas de intenção de votos. Mas as autoridades fazem vista grossa para os maiores criminosos eleitorais, os eleitores que votam mesmo contra uma lei de iniciativa popular.

Os candidatos compradores de votos estão sendo investigados, mas os vendedores de votos não. O MP abriu processo contra a candidatura do ex-senador e ex-governador que renunciou a ambos os mandatos, mas não processou os criminosos que o elegeram. Os eleitores espertalhões e aproveitadores são muito piores que os políticos desonestos. São eles que transformam a política brasileira em motivo de galhofa.

A propósito, é um insulto ao cidadão chamar de democracia um sistema político que considera cidadãos as pessoas que trocam seu voto por alguns mirréis. Ao mesmo tempo que a lei considera cidadãos quem vota em espertalhões que lhes oferecem migalhas, as autoridades os consideram vítimas. Se são vítimas, não têm consciência. Se não têm consciência, não estão em condições de exercer o direito de escolher os administradores públicos.


O que não se pode é continuar a chamar essa corja de aproveitadores de cidadãos. São espertalhões tanto uns quanto os outros e ambos merecem cadeia e a perda dos direitos políticos.

sábado, 6 de setembro de 2014

UnB apresenta telha coletor solar de baixo custo

Na mostra realizada pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB), no dia 28 de agosto, foi apresentada uma forma bem baratinha de coleta de energia solar. Mario Olavo Magno de Carvalho, Professor do Departamento de Engenharia da UnB, e seu aluno Moisés Uchôa Neto, desenvolveram uma telha que ao mesmo tempo é um coletor solar de baixo custo. Os pesquisadores levaram em conta que a energia solar é um recurso com grande potencial no nosso planeta, mas até hoje sua utilização para conversão em outros tipos de energia, como calor e eletricidade, são bastante reduzidos, em grande parte devido aos custos desses sistemas.

Mario Olavo Magno de Carvalho, Professor do Departamento de Engenharia da UnB (Foto Oia News)

No sistema criado por eles, a telha, além de ter a função de telha mesmo, como nós, reles mortais, a conhecemos, passa a ser também o refletor, não necessitando de grandes modificações para coletar a energia solar. Segundo Carvalho, “o que tem de novidade nessa tecnologia é que, utilizando a telha com a geometria desenvolvida, o telhado estará pronto”, basta acrescentar o absorvedor, com o mínimo custo. Desse modo, o trambolho com o nome pomposo de “coletor concentrador parabólico composto”, pode, facilmente e de maneira barata, ser instalado, desde que o telhado já tenha a telha com essa conformação. Nos ensaios experimentais realizados em um protótipo construído artesanalmente durante o projeto, os resultados demonstraram a eficiência térmica da telha coletor e a excelente relação custo-benefício da energia produzida.

A telha é essa armação metálica, no meio da foto (Foto Oia News)
Outro diferencial é que o sistema não exige maiores complexidades. Os existentes no mercado utilizam um vidro em cima, um isolante em baixo, e essa não precisa nada disso. Além do mais, sendo uma superfície refletora, a parte de baixo da cobertura vai ficar mais fresquinha. Ou seja, o interior do imóvel receberá menos calor que com as telhas convencionais.

Esse redator do Oia News ficou muito interessado nessa tecnologia mas, como não é empresário do ramo de telhas, espera que algum leitor deste blog adquira os direito de produção e nos comunique. A gente pode ser o primeiro comprador.

Com informações de:

Professor, Doutor, Pesquisador e Gente Fina Mario Olavo Magno de Carvalho, Professor do Departamento de Engenharia da UnB. Em entrevista ao Oia News em 28 ago. 2014.

GDS, Grupo de Dinâmica de Sistemas. Disponível em <http://bdm.unb.br/bitstream/10483/6718/1/2012_MoisesUchoaNeto_parcial.pdf >. Acesso em 2 set. 2014.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Curso Word Acadêmico faz sucesso na UnB

Oficina de formatação de textos no Microsoft Word de acordo com as normas ABNT faz o maior sucesso entre alunos da Universidade de Brasília (UnB). Ministrado pela Professora Sandra Campêlo, a última edição foi nesta quarta-feira, 3/9, na Sala Papirus da Faculdade de Educação da UnB, com a presença de aproximadamente 50 pessoas.


Sandra  Campêlo (Foto Oia News)

O curso ensina o que as escolas “acham” que os alunos deveriam aprender sozinhos, no pressuposto que todo mundo lê manual de instrução. No entanto, apesar de todo mundo ter computador com o pacote Microsoft Office, ninguém sabe usar esses programas. Os usuários fazem um monte de besteiras e, em vez de resolver seu problema, cria outros. Durante o treinamento oferecido pela Profa. Sandra, a todo momento se ouve um oh! Isso porque é muito fácil, se o usuário tiver o cuidado de, antes de aventurar-se, aprender a utilizar as funcionalidades dos programas.

Turma lotada (foto Oia News)

Campêlo dividiu o treinamento em: formatar páginas, criar quebras de seção, criar e modificar estilos, inserir ilustrações e suas legendas, como fazer referências, usar o gerenciador de fontes bibliográficas. Ao final, o cursista fica perplexo com a facilidade que é formatar um trabalho acadêmico, ou qualquer outro arquivo que se queira.

Sandra Rodrigues Sampaio Campêlo é professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal, onde trabalha com formação de professores quanto ao uso das tecnologias na educação, faz mestrado em linguística na UnB. O mais importante de sua oficina é que não é ministrada por quem entende pra dedéu de informática. Assim, os cursistas entendem tudo o que ela diz, ao contrário de ler a “ajuda” dos softwares, redigidos por técnicos em informática e que ninguém entende.


A próxima oficina está programada para o dia 15/09. Maiores informações pelo e-mail <campelo.sandra@gmail.com>.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

UnB apresenta tecnologia que produz plástico a partir do lixo

Na mostra realizada pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB), no dia 28 de agosto, foi apresentada a produção da Integra, empresa especializada no desenvolvimento de micro-organismos para produção de químicos usando matéria prima renovável.

Os bioprocessos desenvolvidos pela Integra minimizam a produção de resíduos e toxicidade, além de tornar os processos mais eficientes e seguros ecologicamente. Como ferramenta, utiliza a engenharia metabólica, que consiste na manipulação das vias metabólicas de um micro-organismo, com o intuito de favorecer a produção de uma determinada substância. Com isso, conseguem extrair, inclusive do que era considerado lixo até bem pouco tempo, produtos químicos que substituem derivados do petróleo.

Pesquisadora, Dr.ª Jessica Bergmann, PhD (Foto Oia News)
  
Segundo a pesquisadora Jessica Bergmann, atualmente o carro chefe da Integra é a produção de ácido lático, a partir de uma levedura modificada geneticamente. O ácido lático tem várias aplicações na indústria. Tanto na indústria cosmética, como para ser polimerizado para produzir o bioplástico, ou seja, o plástico que não é derivado do petróleo. A grande sacada da Integra é a utilização do glicerol, que é um subproduto da produção do biodiesel e não tinha valor comercial nenhum, para alimentar essa levedura.
 
E o trambolho que faz o serviço pesado (foto Oia News)
Quanto mais o Brasil produz biodiel, mais glicerol é produzido e, antigamente, não tinha utilidade. Bergmann explica que, na verdade, o que eles fazem é pegar o lixo e transformá-lo em produto com alto valor agregado.

Com informações de:

Dr.ª Jessica Bergmann, Phd. Em entrevista ao Oia News em 28 ago. 2014.

CDT/Integra. Disponível em < http://www.cdt.unb.br/multincubadora/basetecnologica/integra/?menu-principal=empresas-incubadas&menu-action=empresas-incubadas>. Acesso em 31 ago. 2014.


Revista Biotecnologia.  Disponível em < http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio37/glicerol.pdf>. Acesso em 31 ago. 2014.