quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A Petrobras, as mentirinhas da Presidente e a conivência dos jornalistas

Revoltante o que está acontecendo com a que deveria ser a maior e mais próspera empresa do Brasil. O escândalo que se tornou o caso Petrobrás é de estarrecer. Primeiro porque quem se beneficiou finge de égua, como se não soubesse de onde saiu tanto dinheiro para suas contas em bancos de outros países e campanhas eleitorais.

Também causa estranheza ouvir os jornalistos e jornalistas darem a notícia, como se não soubessem que a coisa funciona assim mesmo. Ora, quase todo mundo sabe que as obras públicas são licitadas como se está noticiando. Só não sabem que as negociatas são realizadas no alto escalão. Acham que as servidoras e servidoros que compõem as Comissões de Licitação sabem de alguma coisa. Sabem não! Às vezes até desconfiam, mas a tramoia já chega  tão bem tramada que até o TCU aprova o procedimento. E quando o advogado do indiciado declara na televisão que é assim mesmo que acontece em todas as instâncias administrativas, todo mundo “cai de pau” nele.

E a presidenta que perdeu as eleições mas foi eleita assim mesmo, falando muita mentira para se reeleger, tem a maior cara de pau de dizer que foi ela quem mandou investigar. Mais uma mentira. Quem não é ingênuo sabe que as investigações têm sido realizadas por servidoras e servidoros públicos concursados, revoltados pela bandalheira que os políticos fazem. Ela conseguiu foi arranjar um meio de tirar proveito do trabalho de pessoas sérias e pessoos e sérios, que têm respeito pelo contribuinte.


Escandaloso é todo mundo fingir que não sabe que o pais vem sendo espoliado há séculos e o consolo é que a Petrobras tem folego suficiente para não se converter em Petrojaz.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Brasília Wine House começa nesta quinta, 6/11

Começa nesta quinta-feira, dia 6 de novembro, e vai até sábado, dia 8, a versão 2014 de um evento que já virou tradição na cidade: o Brasília Wine House. Nesses dias, os enófilos e enófilas poderão conferir as novidades do mundo do vinho, que este ano ocorrerá no Shopping Iguatemi Brasília (os horários estão logo abaixo).

Nesta edição, a chefa* Mara Alcamim será a homenageada. Uma mulher irreverente e apaixonada pela culinária brasileira, ela combina ingredientes nacionais com clássicos da gastronomia internacional e dirige um dos restaurantes que é ícone na cidade, o Universal Diner.

A curadora do evento é a sommelière, juíza internacional de vinhos e presidenta da Confraria Amigas do Vinho – DF, Rachel Alves.

O público e a pública terá acesso aos últimos lançamentos do mercado, poderá degustar e adquirir os mais variados rótulos, além de participar de cursos e palestras proferidas por Emerson Mantovani, Victor Quaranta, Sérgio Pires, Antônio Coêlho, Ronan Kerrest e muitos outros.

Para ter acesso, o interessado ou interessada poderá escolher entre dois valores de ingressos individuais e diários, ambos com direito a degustações: R$ 80,00 (oitenta mirréis) com devolução da taça e R$ 100,00 (cem mirréis) podendo levar a taça.

Quem estiver programando ir de carro e fazer degustações, não precisa se preocupar com “tira gosto”, as multas de trânsito já estão bem salgadinhas.

(*) Se é Presidenta, então é chefa, e não chef.

Horário de Funcionamento
5ª feira (6/11) – De 19H às 23h para o público
6ª feira (7/11) – De 16 às 23h
Sábado (8/11) – De 12 às 23h


Mais informações: 3443-0436 ou pelo Facebook: www.facebook.com/BrasiliaWineHouse

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Multas mais caras não reduzem acidentes

A partir deste domingo, as multas de trânsito estão mais caras, em mais uma demonstração de incompetência dos governantes em quem votamos. Multas mais caras não reduzem acidentes e isso já está provado. Dostoiévski faz uma reflexão interessante sobre a inutilidade das sanções impostas pelo Estado, no seu livro Os Irmãos Karamazov, publicado em 1880. Isso mesmo, há mais de 130 anos. As provas estão no cotidiano: é crime vender alguns tipos de drogas e seu comércio continua cada dia mais vigoroso; é crime surrupiar a coisa alheia, mas a quantidade de furtos e roubos continua aumentando; é crime depredar o meio ambiente, maltratar animais, locupletar-se às custas do Erário, oferecer vantagens a servidores públicos, mesmo que sejam eleitos pelo povo etc., etc. E o esforço dos governantes e legisladores resume-se a agravar as penas e aumentar as multas. Uma medida inócua, como Dostoiévski disse há mais de 130 anos.

O pior é que a fiscalização, quando atua, é para coibir os excessos, como se só eles constituíssem infrações. No caso das multas de trânsito, a injustiça da fiscalização ajuda a aumentar as condutas consideradas inadequadas de alguns motoristas. Tome-se como exemplo as ultrapassagens indevidas. Essas geralmente são provocadas por mautoristas que descumprem a legislação. O inciso IV do art. 26 do Código de Trânsito Brasileiro estabelece que quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos, e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade. O Art. 30 diz que todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha; II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha. O que se vê, no entanto, são mautoristas trafegando pela faixa da esquerda. E não adianta dar uma piscadinha no farol à guisa de “dê licença, por favor”. Os desgraçados não dão passagem de jeito nenhum. Quando o motorista faz a ultrapassagem pela esquerda é multado, mas o malsinado que trafegava pela faixa errada, não.

Outro comportamento criminoso e ignorado pelas autoridades de trânsito são os faróis altos. Essa tragédia está regulada no artigo Art. 40, inciso II: “nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo”. Coisa comuníssima é a besta quadrada vir com o farol alto ou desregulado atrás do motorista, prejudicando-lhe a visibilidade. Alguém aí já teve notícia de uma multa por infernizar o motorista da frente com o farol alto?

São muitas as irregularidades ignoradas pelas autoridades de trânsito, que prejudicam o cotidiano das pessoas e fazem o trânsito ficar lento, provocando outras irregularidades. Se querem reduzir os acidentes, aumentar o valor da multa nunca funcionou. Seria muito mais eficiente multar os desgraçados que não dão passagem, os que freiam bruscamente ao passar pelos “pardais” (como se passar na barreira eletrônica abaixo da velocidade permitida para a pista gerasse algum benefício), os mautoristas que trafegam pela faixa da direita, os criminosos que trafegam com farol alto, ou desregulado atrás de outros veículos.


Aumentar o valor da multa em vez de educar e reduzir o número de infrações apenas aumenta o valor da propina.