Há tempos a gente não se manifesta. Os leitores andam cobrando, mas estamos numa época ruim de se emitir juízo sobre o que quer que seja. Qualquer opinião é motivo de censuras severas. Antigamente, a pessoa opinava e alguém divergia; hoje, achincalha, hostiliza.
A democracia totalitária de João Bernardo também permite que sejamos constantemente fiscalizados por patrulhas de diversas correntes ideológicas e políticas. Com isso, a liberdade de expressão tornou-se uma armadilha. Se você se manifesta em favor de uma corrente, é execrado pela contrária, se não se manifesta, é execrado por ambas. Assim, as pessoas aptas a votar vão se odiando umas às outras mas não se propõem a debater os assuntos educadamente e buscarem um consenso.
O problema é a grande probabilidade de ocorrer um segundo turno. Os ânimos se acirrarão, as pessoas aptas a votar se odiarão mais ainda, enquanto seus candidatos farão alianças com candidatos que eles combateram no primeiro turno e trocarão juras de amor entre si. Como no futebol. Os jogadores adversários se abraçam após a partida, e combinam de confraternizarem-se em algum restaurante ou boite, enquanto os torcedores voltam para casa travando violentas batalhas campais.
Bernardo, João. Algumas reflexões acerca do livro Democracia Totalitária. Disponível na internet, não me lembro onde.
Estão ocorrendo alertas sobre a falta de segurança nas urnas eletrônicas.
ResponderExcluirAgradecemos sua participação. Próxima semana comentaremos sobre segurança das urnas eletrônicas.
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