sexta-feira, 19 de outubro de 2018
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
Eleições 2018: o voto de papel
quarta-feira, 10 de outubro de 2018
Enquanto isso, nos bastidores...
Sandro Tomazele, idealizador do evento, e o editor do Oia News. Foto: Andréa Vilasboas |
Auditório lotado de pessoas interessadas em tornar o Estado mais eficiente e transparente.
Foto: Andréa Vilasboas
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Evento bem organizado não tem fila para credenciamento. Foto: Andréa Vilasboas |
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
Eleições 2018: As pesquisas e as urnas
As urnas passaram a perna nos institutos de pesquisa. Quase todas as previsões foram por água abaixo.
Até recentemente, as pesquisas refletiam as intenções no momento em que os questionários foram aplicados. A publicação do resultado influenciava a vontade do eleitor. Por isso que, às vezes, havia mudança de tendência entre a pesquisa e o pleito, não como ocorreu nas eleições do último domingo.
Parece que as empresas altamente especializadas e já consagradas no mercado ainda não se deram conta que o mundo evoluiu. Hoje as pessoas dispõem de um instrumento altamente eficaz de contradizer as pesquisas de intenção de votos: as tais redes sociais. Basta o líder nas pesquisas soltar um pum que tem alguém lá, filmando e compartilhando no Zapzap. Daí, aquele vídeo viraliza em poucas horas e tudo que foi dito ontem deixa de ser verdade, como profetizou George Orwell (*).
(*) George Orwell é o pseudônimo do inglês nascido na Índia Erick Arthur Blair, que escreveu o profético romance 1984.
quinta-feira, 4 de outubro de 2018
Eleições 2018: As urnas suspeitas (*)
A menina dos olhos do Tribunal Superior Eleitoral volta a ser questionada. Com mais de 20 anos de idade, as urnas eletrônicas estão novamente na mira de um ou outro candidato, como já está se tornando rotina durante os períodos eleitorais.
Desta vez, um dos motivos pode ser a descoberta de vulnerabilidades, em dezembro passado. Técnicos altamente especializados conseguiram penetrar em alguma área da urna. Isso seria motivo de sobra para desacreditar todo o sistema. Aquele equipamento tem que ser tão "inviolável" quanto as sacolas que guardavam os pelouros, utilizadas em 1532, quando ocorreram as primeiras eleições de que se tem notícia, realizadas na na Vila de São Vicente, antiga Colônia do Brasil do Reino de Portugal, muito posteriormente República Federativa do Brasil (1).
Os inimigos da bichinha não levam em conta que as vulnerabilidades foram descobertas exatamente a pedido do TSE. Em todas as organizações sérias e até em algumas nem tão sérias, todo sistema informatizado é submetido a testes antes de entrar em operação. Os melhores hackers são desafiados a conseguir uma brecha, um buraquinho qualquer. Eles se empenham muito nisso. E quando encontram, devem se sentir orgulhosos de si mesmos. Aí, o problema é corrigido, e o risco de invasão fica muito reduzido. Esse procedimento é realizado nos sistemas bancários, nos dos órgãos de informação, no comércio eletrônico, os quais estão conectados à grande rede mundial de computadores, à mercê de qualquer hacker mal-intencionado. E na urna eletrônica também, que não está conectada, portanto impossível ser violada on line, teria que violar uma a uma das milhares. A oportunidade dada aos hackers de tentar invadir as urnas é estratégia para possibilitar uma revisão do sistema e colocar à prova anos de estudo, dinheiro e tempo.
O problema é que o TSE dá oportunidade a todos os partidos políticos e a diversas instituições importantes, inclusive a Ordem dos Advogados do Brasil, de participar de uma auditoria nas urnas antes de todos os pleitos. Nenhum deles se dispõe a participar da auditoria. Portanto, é no mínimo leviano, para não dizer molecagem, o questionamento que partidos e candidatos fazem antes do pleito. É desculpa para justificar eventual fracasso. Não adianta responsabilizar o sistema por uma falta de informação que lhes foi oferecida. O sistema tende a ser menos falho que uma campanha política mal sucedida.
(*) Com a valiosa contribuição de Henrique Barros Cabral.
(1) BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Eleições no Brasil: uma história de 500 anos / Ane Ferrari Ramos Cajado, Thiago Dornelles, Amanda Camylla Pereira. – Brasília : Tribunal Superior Eleitoral, 2014.