Ontem nós terminamos falando que, em 1930, quem foi eleito foi
o Júlio. Prestes a assumir, os militares deram um Golpe de Estado e colocaram
um civil na Presidência da República, o Getúlio.
Vargas governou durante 15 anos. Nesse período, fez muita
coisa importante para o povo, porque ninguém consegue ser 100% inútil, e até passou
a ser idolatrado pelo povo. Na área econômica, criou as Estatais que,
posteriormente, se alastraram em outro governo militar até serem vendidas a
qualquer preço, desde parassem de mamar os dinheiros da pátria. Mas o que fez de
mais importante foi tornar-se um ditador sanguinário. Saiu do governo, em 1945,
como entrara: por um golpe militar. Posteriormente, foi até eleito Presidente
da República e tentou governar democraticamente, mas não deu certo. Acabou
suicidando-se a si mesmo.
Menos de dez anos após sua morte, outro golpe militar
derrubou o Presidente da República e impôs nova ditadura. Desta vez, em vez de
um só ditador, foram-se sucedendo vários, de modo que perdurou durante cerca de
20 anos, deixando como herança uma economia frágil e dezenas de empresas
estatais sugando os dinheiros da pátria. O regime militar deixou ainda uma estrutura
política desfacelada, em virtude do extermínio de lideranças consolidadas.
Nesse quadro, foi restabelecido o governo civil, embora eleito
por voto indireto, pelo Congresso Nacional. Dá para imaginar que merda que foi.
O país quebrado, boa parte das lideranças mortas ou exiladas e o povo se
cagando de medo da política e dos militares, embora esses já tivessem voltado
para os quartéis. Não dá para dizer que a transmissão do poder foi tão
pacífica, porque deixaram o Presidente eleito, da oposição, morrer e assumir em
seu lugar um filhotinho da Ditadura, ex-aliado do regime militar.
O governo instalado em 1985 tentou um monte de aventuras
para restabelecer a ordem econômica, mas acabou deixando de pagar a dívida
externa. O resultado foi desastroso. A inflação bateu às portas dos 2.000% ao
ano em 1989. Mas deu início à redemocratização, instalando a Assembleia
Nacional Constituinte, que promulgou a Constituição Federal vigente até hoje,
em 1988. A Carta Magna tem um monte de bobagens que não caberiam num documento
desse porte e importância, mas foi uma iniciativa relevante para a construção da
cidadania e o pontapé inicial de uma nova esperança.
Com visto, o Brasil teve origem violenta, com a invasão
portuguesa e, desde 1889, vem sendo construído por sucessivos golpes militares.
O mais recente passo da história, que pode permitir a criação do tal país do
futuro, iniciou-se no Governo Bigodon (1985/1990). A gente pode considerar aquele
período como o nascimento do que pode se tornar uma nação, portanto, considerar
que naquele período nasceu um bebê. As principais atividades de um bebê são
cagar e mijar nas fraldas, regurgitar e chorar. Após essas reflexões, poderemos
iniciar nossa análise da história recente do nosso país e constatar que a
presidente Dentuça não está perdendo a popularidade sem motivo.
Até amanhã....
Ou depois de amanhã. A gente divulga no Facebook.