terça-feira, 29 de julho de 2014

Porque a presidente está caindo - 4a. Parte

Ontem nós terminamos falando que, em 1930, quem foi eleito foi o Júlio. Prestes a assumir, os militares deram um Golpe de Estado e colocaram um civil na Presidência da República, o Getúlio.
Vargas governou durante 15 anos. Nesse período, fez muita coisa importante para o povo, porque ninguém consegue ser 100% inútil, e até passou a ser idolatrado pelo povo. Na área econômica, criou as Estatais que, posteriormente, se alastraram em outro governo militar até serem vendidas a qualquer preço, desde parassem de mamar os dinheiros da pátria. Mas o que fez de mais importante foi tornar-se um ditador sanguinário. Saiu do governo, em 1945, como entrara: por um golpe militar. Posteriormente, foi até eleito Presidente da República e tentou governar democraticamente, mas não deu certo. Acabou suicidando-se a si mesmo.

Menos de dez anos após sua morte, outro golpe militar derrubou o Presidente da República e impôs nova ditadura. Desta vez, em vez de um só ditador, foram-se sucedendo vários, de modo que perdurou durante cerca de 20 anos, deixando como herança uma economia frágil e dezenas de empresas estatais sugando os dinheiros da pátria. O regime militar deixou ainda uma estrutura política desfacelada, em virtude do extermínio de lideranças consolidadas.

Nesse quadro, foi restabelecido o governo civil, embora eleito por voto indireto, pelo Congresso Nacional. Dá para imaginar que merda que foi. O país quebrado, boa parte das lideranças mortas ou exiladas e o povo se cagando de medo da política e dos militares, embora esses já tivessem voltado para os quartéis. Não dá para dizer que a transmissão do poder foi tão pacífica, porque deixaram o Presidente eleito, da oposição, morrer e assumir em seu lugar um filhotinho da Ditadura, ex-aliado do regime militar.

O governo instalado em 1985 tentou um monte de aventuras para restabelecer a ordem econômica, mas acabou deixando de pagar a dívida externa. O resultado foi desastroso. A inflação bateu às portas dos 2.000% ao ano em 1989. Mas deu início à redemocratização, instalando a Assembleia Nacional Constituinte, que promulgou a Constituição Federal vigente até hoje, em 1988. A Carta Magna tem um monte de bobagens que não caberiam num documento desse porte e importância, mas foi uma iniciativa relevante para a construção da cidadania e o pontapé inicial de uma nova esperança.

Com visto, o Brasil teve origem violenta, com a invasão portuguesa e, desde 1889, vem sendo construído por sucessivos golpes militares. O mais recente passo da história, que pode permitir a criação do tal país do futuro, iniciou-se no Governo Bigodon (1985/1990). A gente pode considerar aquele período como o nascimento do que pode se tornar uma nação, portanto, considerar que naquele período nasceu um bebê. As principais atividades de um bebê são cagar e mijar nas fraldas, regurgitar e chorar. Após essas reflexões, poderemos iniciar nossa análise da história recente do nosso país e constatar que a presidente Dentuça não está perdendo a popularidade sem motivo.

Até amanhã....

Ou depois de amanhã. A gente divulga no Facebook.

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