terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Em terra de mentirosos, quem fala a verdade é criminoso

Recentemente, o país tem assistido a declarações sobre o que ocorre nos meios políticos desde os anos 1500 mas que raramente é falado ao vivo e a cores em TVs, rádios e na rede mundial de computadores. O advogado de um envolvido na Operação Lavajato disse que não se coloca um paralelepípedo numa rua sem se pagar propina. A TV Globo mostrou um empresário acertando com um delegado de polícia um "alvará" de funcionamento de casas especializadas em máquinas caça- níqueis. O "relator" da operação Lavajato disse, no Congresso Nacional, também conhecido como parlamento, que a espoliação do Estado é endêmica e ocorre, segundo ele, desde o governo Sarney, em todos os níveis de governo. Falou também que, do seu conhecimento, o número de políticos envolvidos está na casa das dezenas.

O estarrecimento manifestado por jornalistas e demais autoridades em frente aos microfones e câmeras tem uma metáfora. A do sujeito cuja esposa faz "caridade" para o vizinho. Como ela não deixa o marido na mão (literalmente) e está sempre à sua disposição, ele releva o comportamento dos dois. O problema é o vizinho contar isso no boteco que ele frequenta. Aí, o marido perde a compostura. Até os ameaça de morte. Mas fica no discurso.

Pois é o que está acontecendo hoje, no Brasil. Todo mundo sabe que as coisas funcionam como foi dito. Mas não poderia ser dito, pelo menos por quem disse e em frente aos microfones e às câmeras.

O mais provável é quem falou a verdade ser severamente punido. Quem está mentindo ser julgado inocente pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (todos nomeados por presidentes filiados e eleitos pelo partido atualmente no poder). E as bestas quadradas das eleitoras e eleitores continuarem votando nos mentirosos.

É isso a tal democracia tupiniquim? Se for, está explicado por que o partido da presidenta quer implantar a ditadura. Que diferença fará?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Futebol, as malas e os malas

O Clube Atlético Mineiro perdeu para o Coritiba Foot Ball Club neste domingo, 30/11, por 2x1, com mais de 65% de posse da bola e 15 finalizações contra 3, do adversário. Há dúvida sobre a posição do Eduardo no primeiro gol do Coxa, Também ficou muita dúvida quanto à irregularidade que levou à anulação do primeiro gol do do Rafael Carioca, para o Atlético.

Antes do início do jogo, a situação das equipes no certame era a seguinte: o Glorioso, campeão da Copa do Brasil, já estava classificado para a Libertadores do próximo ano e não tinha nenhuma chance de ganhar o Campeonato Brasileiro. Em outras palavras, para o Galo, qualquer resultado estaria de bom tamanho. O Coritiba dependia da vitória para não ser rebaixado para a 2.ª Divisão, o que representaria um prejuízo financeiro enorme.

Recentemente, o goleiro do Vasco da Gama declarou que já recebeu incentivo financeiro para não deixar seu time perder. Em outras palavras, recebeu para fazer bem feito o que já é pago para fazer. As duas situações são bastante semelhantes, embora divergentes. De um lado, uma equipe que não tem interesse no resultado, jogando com outra, a quem a derrota traria enormes prejuízos. Do outro, um profissional incentivado a exercer sua função com mais entusiasmo.

A declaração feita pelo arqueiro vascaíno está dando o que falar. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) está ameaçando punir o atleta. Oferecer ou receber "incentivo" para exercer seu mister da melhor maneira possível é considerado crime. É a conhecida "mala branca". A mala branca tem uma irmã gêmea, a "mala preta". Esta, no entanto, oferece alguma vantagem para alguém fazer mal feito o que deveria fazer bem feito.

Voltando ao Atlético, como já mencionado no primeiro parágrafo, perdeu o jogo por ter sido "prejudicado" pela arbitragem. Mas o maior prejuízo foi o Botafogo, seu adversário na próxima, e última, rodada do campeonato já estar consagrado na 2.ª Divisão no próximo ano. Seria bem mais "desafiador" para o Galo que o Fogão tivesse alguma chance de não ser rebaixado.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A Petrobras, as mentirinhas da Presidente e a conivência dos jornalistas

Revoltante o que está acontecendo com a que deveria ser a maior e mais próspera empresa do Brasil. O escândalo que se tornou o caso Petrobrás é de estarrecer. Primeiro porque quem se beneficiou finge de égua, como se não soubesse de onde saiu tanto dinheiro para suas contas em bancos de outros países e campanhas eleitorais.

Também causa estranheza ouvir os jornalistos e jornalistas darem a notícia, como se não soubessem que a coisa funciona assim mesmo. Ora, quase todo mundo sabe que as obras públicas são licitadas como se está noticiando. Só não sabem que as negociatas são realizadas no alto escalão. Acham que as servidoras e servidoros que compõem as Comissões de Licitação sabem de alguma coisa. Sabem não! Às vezes até desconfiam, mas a tramoia já chega  tão bem tramada que até o TCU aprova o procedimento. E quando o advogado do indiciado declara na televisão que é assim mesmo que acontece em todas as instâncias administrativas, todo mundo “cai de pau” nele.

E a presidenta que perdeu as eleições mas foi eleita assim mesmo, falando muita mentira para se reeleger, tem a maior cara de pau de dizer que foi ela quem mandou investigar. Mais uma mentira. Quem não é ingênuo sabe que as investigações têm sido realizadas por servidoras e servidoros públicos concursados, revoltados pela bandalheira que os políticos fazem. Ela conseguiu foi arranjar um meio de tirar proveito do trabalho de pessoas sérias e pessoos e sérios, que têm respeito pelo contribuinte.


Escandaloso é todo mundo fingir que não sabe que o pais vem sendo espoliado há séculos e o consolo é que a Petrobras tem folego suficiente para não se converter em Petrojaz.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Brasília Wine House começa nesta quinta, 6/11

Começa nesta quinta-feira, dia 6 de novembro, e vai até sábado, dia 8, a versão 2014 de um evento que já virou tradição na cidade: o Brasília Wine House. Nesses dias, os enófilos e enófilas poderão conferir as novidades do mundo do vinho, que este ano ocorrerá no Shopping Iguatemi Brasília (os horários estão logo abaixo).

Nesta edição, a chefa* Mara Alcamim será a homenageada. Uma mulher irreverente e apaixonada pela culinária brasileira, ela combina ingredientes nacionais com clássicos da gastronomia internacional e dirige um dos restaurantes que é ícone na cidade, o Universal Diner.

A curadora do evento é a sommelière, juíza internacional de vinhos e presidenta da Confraria Amigas do Vinho – DF, Rachel Alves.

O público e a pública terá acesso aos últimos lançamentos do mercado, poderá degustar e adquirir os mais variados rótulos, além de participar de cursos e palestras proferidas por Emerson Mantovani, Victor Quaranta, Sérgio Pires, Antônio Coêlho, Ronan Kerrest e muitos outros.

Para ter acesso, o interessado ou interessada poderá escolher entre dois valores de ingressos individuais e diários, ambos com direito a degustações: R$ 80,00 (oitenta mirréis) com devolução da taça e R$ 100,00 (cem mirréis) podendo levar a taça.

Quem estiver programando ir de carro e fazer degustações, não precisa se preocupar com “tira gosto”, as multas de trânsito já estão bem salgadinhas.

(*) Se é Presidenta, então é chefa, e não chef.

Horário de Funcionamento
5ª feira (6/11) – De 19H às 23h para o público
6ª feira (7/11) – De 16 às 23h
Sábado (8/11) – De 12 às 23h


Mais informações: 3443-0436 ou pelo Facebook: www.facebook.com/BrasiliaWineHouse

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Multas mais caras não reduzem acidentes

A partir deste domingo, as multas de trânsito estão mais caras, em mais uma demonstração de incompetência dos governantes em quem votamos. Multas mais caras não reduzem acidentes e isso já está provado. Dostoiévski faz uma reflexão interessante sobre a inutilidade das sanções impostas pelo Estado, no seu livro Os Irmãos Karamazov, publicado em 1880. Isso mesmo, há mais de 130 anos. As provas estão no cotidiano: é crime vender alguns tipos de drogas e seu comércio continua cada dia mais vigoroso; é crime surrupiar a coisa alheia, mas a quantidade de furtos e roubos continua aumentando; é crime depredar o meio ambiente, maltratar animais, locupletar-se às custas do Erário, oferecer vantagens a servidores públicos, mesmo que sejam eleitos pelo povo etc., etc. E o esforço dos governantes e legisladores resume-se a agravar as penas e aumentar as multas. Uma medida inócua, como Dostoiévski disse há mais de 130 anos.

O pior é que a fiscalização, quando atua, é para coibir os excessos, como se só eles constituíssem infrações. No caso das multas de trânsito, a injustiça da fiscalização ajuda a aumentar as condutas consideradas inadequadas de alguns motoristas. Tome-se como exemplo as ultrapassagens indevidas. Essas geralmente são provocadas por mautoristas que descumprem a legislação. O inciso IV do art. 26 do Código de Trânsito Brasileiro estabelece que quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos, e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade. O Art. 30 diz que todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha; II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha. O que se vê, no entanto, são mautoristas trafegando pela faixa da esquerda. E não adianta dar uma piscadinha no farol à guisa de “dê licença, por favor”. Os desgraçados não dão passagem de jeito nenhum. Quando o motorista faz a ultrapassagem pela esquerda é multado, mas o malsinado que trafegava pela faixa errada, não.

Outro comportamento criminoso e ignorado pelas autoridades de trânsito são os faróis altos. Essa tragédia está regulada no artigo Art. 40, inciso II: “nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo”. Coisa comuníssima é a besta quadrada vir com o farol alto ou desregulado atrás do motorista, prejudicando-lhe a visibilidade. Alguém aí já teve notícia de uma multa por infernizar o motorista da frente com o farol alto?

São muitas as irregularidades ignoradas pelas autoridades de trânsito, que prejudicam o cotidiano das pessoas e fazem o trânsito ficar lento, provocando outras irregularidades. Se querem reduzir os acidentes, aumentar o valor da multa nunca funcionou. Seria muito mais eficiente multar os desgraçados que não dão passagem, os que freiam bruscamente ao passar pelos “pardais” (como se passar na barreira eletrônica abaixo da velocidade permitida para a pista gerasse algum benefício), os mautoristas que trafegam pela faixa da direita, os criminosos que trafegam com farol alto, ou desregulado atrás de outros veículos.


Aumentar o valor da multa em vez de educar e reduzir o número de infrações apenas aumenta o valor da propina.

domingo, 26 de outubro de 2014

Atual Presidente é reeleita, mesmo perdendo a eleição

Após fragorosa derrota nas urnas, a atual Presidente da República está reeleita. Com míseros 3% a mais de votos, a atual ocupante dos Palácios do Planalto e da Alvorada ganhou o direito de continuar vivendo mais quatro anos a expensas do povo, mas levou um tremendo puxão de orelhas dos eleitores. Por pouco, não perde o emprego.

Sendo afilhada do líder brasileiro de maior carisma, tendo recebido um país com excelente saúde financeira, se aliado ao maior partido político do Brasil e aos caudilhos senhores e proprietários das consciências e votos de vários estados do nordeste, e com a máquina do Estado a seu favor, o que se esperava de Sua Excelência era desbancar seus oponentes com facilidade, logo no primeiro round. No entanto, o resultado das urnas sinaliza uma atuação desastrosa e a necessidade de tomar juízo e repensar os rumos de sua administração.

Nos quatro anos em que esteve à frente do governo, a dita cuja conseguiu realizar relevantes programas de transferência de renda, fundamentais para o resultado das eleições de 2014. Seu desafio agora é reconhecer que esses programas foram possíveis porque seus dois últimos antecessores criaram condições favoráveis: um estabilizando a economia e o outro se aliando aos empresários para produzir a riqueza que ela está repartindo.

Doravante, ela deverá fazer um esforço para conquistar a confiança dos investidores e das forças produtivas, restabelecer a liderança que o País alcançou antes de sua gestão e promover a retomada da economia porque, em casa onde falta o pão, todos brigam e ninguém tem razão.


PS: Antes de publicar este post, ouvimos o pronunciamento de Sua Excelência após a confirmação do resultado. Causou boa impressão. Ela entendeu o recado e prometeu mudar de atitude. É preciso ficar de olho.

Foto disponível em http://about.me/chloebaker

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Seminário Trabalho Infantil

Foi aberto hoje, 8/10, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília,  pelo Ministro Vice-Presidente daquela Corte, Ives Gandra da Silva Martins Filho,  o seminário Trabalho Infantil:  Realidade e Perspectivas. O evento contou com a apresentação da Orquestra Infantil da Universidade de Brasília (UnB), sob a regência do maestro Ricardo Dourado Freire.

O Oia News caiu na besteira de participar,  com o objetivo de aprender a explorar o trabalho das criancinhas e se deu mal. O Seminário é para debater como evitar que isso aconteça. É para dizer que menor de 14 anos não pode trabalhar e, de 14 a 16 anos, só na condição de aprendiz.

Nesta quinta-feira o evento prossegue o dia inteiro, com várias autoridades, especialistas e magistrados (que também são autoridades e especialistas) falando sobre o tema.

O pessoal não deixou de dar o mal exemplo, explorando as crianças. Elas tocaram duas peças de Dvorak, o Trenzinho Caipira, de Villa Lobos, e o Fantasma da Ópera. Mas foi lindo.  Elas tocam maravilhosamente bem.


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Eleições 2014 - 1.º Ato

Para o bem de todos e felicidade geral da Nação terminou o primeiro capítulo da novela “Eleições 2014” (Ufa!). Neste dia 5 de outubro ficamos todos encantados com a festa da democracia e com o resultado das urnas. O Tribunal Superior Eleitoral mais uma vez demonstrou que pelo menos o Judiciário funciona... quando quer.

Os eleitores compareceram trajados adequadamente nos locais de votação, demonstrando a importância do maior evento da democracia brasileira.






 (Fotos: Oia News)

Eleitores no local de votação, embora pareça que estejam no portão do estádio para um campeonato de futebol de várzea.
Mas teve quem achasse que era coisa séria (Foto: Oia News)


Desta vez demos o maior “tumé” nos institutos de pesquisa. Ameaçamos votar numa e acabamos votando no outro. De modo que as composições que já se iam costurando terão que ser realinhadas. Se bem que não deu para perceber se há muita diferença entre um candidato e outras. Em vez de apresentarem propostas de trabalho ficaram se digladiando, como crianças. Ao final da contenda, venceu o nepotismo: foram para o returno do campeonato os herdeiros dos dois últimos presidentes.


Entretanto, a lição mais importante desta parte do pleito foi a demonstração da humildade cristã. Deus perdoou os pecadores e os uniu aos bons, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.





Então Pedro, aproximando-se dele, disse:
Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?
Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.
Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;
E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos;
E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse. Mateus 18:21-25
Tinha um último parágrafo, aqui. Mas achamos melhor deletá-lo, em respeito aos nossos leitores.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Polícia e MP zombam dos cidadãos

Em plena campanha eleitoral, são comuns as denúncias de candidatos cometendo os mais terríveis crimes eleitorais. Todos os meios de comunicação de massa denunciam, com fotos, vídeos e declarações de testemunhas. No entanto, a polícia e o Ministério Público (MP) não processam nem prendem os criminosos.

Neste domingo, foi apresentado pelo programa de maior audiência no horário, para o Brasil inteiro, pessoas recebendo dinheiro de candidatos para votarem neles. No Distrito Federal, um candidato a governador já foi condenado em duas instâncias e é líder nas pesquisas de intenção de votos. Mas as autoridades fazem vista grossa para os maiores criminosos eleitorais, os eleitores que votam mesmo contra uma lei de iniciativa popular.

Os candidatos compradores de votos estão sendo investigados, mas os vendedores de votos não. O MP abriu processo contra a candidatura do ex-senador e ex-governador que renunciou a ambos os mandatos, mas não processou os criminosos que o elegeram. Os eleitores espertalhões e aproveitadores são muito piores que os políticos desonestos. São eles que transformam a política brasileira em motivo de galhofa.

A propósito, é um insulto ao cidadão chamar de democracia um sistema político que considera cidadãos as pessoas que trocam seu voto por alguns mirréis. Ao mesmo tempo que a lei considera cidadãos quem vota em espertalhões que lhes oferecem migalhas, as autoridades os consideram vítimas. Se são vítimas, não têm consciência. Se não têm consciência, não estão em condições de exercer o direito de escolher os administradores públicos.


O que não se pode é continuar a chamar essa corja de aproveitadores de cidadãos. São espertalhões tanto uns quanto os outros e ambos merecem cadeia e a perda dos direitos políticos.

sábado, 6 de setembro de 2014

UnB apresenta telha coletor solar de baixo custo

Na mostra realizada pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB), no dia 28 de agosto, foi apresentada uma forma bem baratinha de coleta de energia solar. Mario Olavo Magno de Carvalho, Professor do Departamento de Engenharia da UnB, e seu aluno Moisés Uchôa Neto, desenvolveram uma telha que ao mesmo tempo é um coletor solar de baixo custo. Os pesquisadores levaram em conta que a energia solar é um recurso com grande potencial no nosso planeta, mas até hoje sua utilização para conversão em outros tipos de energia, como calor e eletricidade, são bastante reduzidos, em grande parte devido aos custos desses sistemas.

Mario Olavo Magno de Carvalho, Professor do Departamento de Engenharia da UnB (Foto Oia News)

No sistema criado por eles, a telha, além de ter a função de telha mesmo, como nós, reles mortais, a conhecemos, passa a ser também o refletor, não necessitando de grandes modificações para coletar a energia solar. Segundo Carvalho, “o que tem de novidade nessa tecnologia é que, utilizando a telha com a geometria desenvolvida, o telhado estará pronto”, basta acrescentar o absorvedor, com o mínimo custo. Desse modo, o trambolho com o nome pomposo de “coletor concentrador parabólico composto”, pode, facilmente e de maneira barata, ser instalado, desde que o telhado já tenha a telha com essa conformação. Nos ensaios experimentais realizados em um protótipo construído artesanalmente durante o projeto, os resultados demonstraram a eficiência térmica da telha coletor e a excelente relação custo-benefício da energia produzida.

A telha é essa armação metálica, no meio da foto (Foto Oia News)
Outro diferencial é que o sistema não exige maiores complexidades. Os existentes no mercado utilizam um vidro em cima, um isolante em baixo, e essa não precisa nada disso. Além do mais, sendo uma superfície refletora, a parte de baixo da cobertura vai ficar mais fresquinha. Ou seja, o interior do imóvel receberá menos calor que com as telhas convencionais.

Esse redator do Oia News ficou muito interessado nessa tecnologia mas, como não é empresário do ramo de telhas, espera que algum leitor deste blog adquira os direito de produção e nos comunique. A gente pode ser o primeiro comprador.

Com informações de:

Professor, Doutor, Pesquisador e Gente Fina Mario Olavo Magno de Carvalho, Professor do Departamento de Engenharia da UnB. Em entrevista ao Oia News em 28 ago. 2014.

GDS, Grupo de Dinâmica de Sistemas. Disponível em <http://bdm.unb.br/bitstream/10483/6718/1/2012_MoisesUchoaNeto_parcial.pdf >. Acesso em 2 set. 2014.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Curso Word Acadêmico faz sucesso na UnB

Oficina de formatação de textos no Microsoft Word de acordo com as normas ABNT faz o maior sucesso entre alunos da Universidade de Brasília (UnB). Ministrado pela Professora Sandra Campêlo, a última edição foi nesta quarta-feira, 3/9, na Sala Papirus da Faculdade de Educação da UnB, com a presença de aproximadamente 50 pessoas.


Sandra  Campêlo (Foto Oia News)

O curso ensina o que as escolas “acham” que os alunos deveriam aprender sozinhos, no pressuposto que todo mundo lê manual de instrução. No entanto, apesar de todo mundo ter computador com o pacote Microsoft Office, ninguém sabe usar esses programas. Os usuários fazem um monte de besteiras e, em vez de resolver seu problema, cria outros. Durante o treinamento oferecido pela Profa. Sandra, a todo momento se ouve um oh! Isso porque é muito fácil, se o usuário tiver o cuidado de, antes de aventurar-se, aprender a utilizar as funcionalidades dos programas.

Turma lotada (foto Oia News)

Campêlo dividiu o treinamento em: formatar páginas, criar quebras de seção, criar e modificar estilos, inserir ilustrações e suas legendas, como fazer referências, usar o gerenciador de fontes bibliográficas. Ao final, o cursista fica perplexo com a facilidade que é formatar um trabalho acadêmico, ou qualquer outro arquivo que se queira.

Sandra Rodrigues Sampaio Campêlo é professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal, onde trabalha com formação de professores quanto ao uso das tecnologias na educação, faz mestrado em linguística na UnB. O mais importante de sua oficina é que não é ministrada por quem entende pra dedéu de informática. Assim, os cursistas entendem tudo o que ela diz, ao contrário de ler a “ajuda” dos softwares, redigidos por técnicos em informática e que ninguém entende.


A próxima oficina está programada para o dia 15/09. Maiores informações pelo e-mail <campelo.sandra@gmail.com>.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

UnB apresenta tecnologia que produz plástico a partir do lixo

Na mostra realizada pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB), no dia 28 de agosto, foi apresentada a produção da Integra, empresa especializada no desenvolvimento de micro-organismos para produção de químicos usando matéria prima renovável.

Os bioprocessos desenvolvidos pela Integra minimizam a produção de resíduos e toxicidade, além de tornar os processos mais eficientes e seguros ecologicamente. Como ferramenta, utiliza a engenharia metabólica, que consiste na manipulação das vias metabólicas de um micro-organismo, com o intuito de favorecer a produção de uma determinada substância. Com isso, conseguem extrair, inclusive do que era considerado lixo até bem pouco tempo, produtos químicos que substituem derivados do petróleo.

Pesquisadora, Dr.ª Jessica Bergmann, PhD (Foto Oia News)
  
Segundo a pesquisadora Jessica Bergmann, atualmente o carro chefe da Integra é a produção de ácido lático, a partir de uma levedura modificada geneticamente. O ácido lático tem várias aplicações na indústria. Tanto na indústria cosmética, como para ser polimerizado para produzir o bioplástico, ou seja, o plástico que não é derivado do petróleo. A grande sacada da Integra é a utilização do glicerol, que é um subproduto da produção do biodiesel e não tinha valor comercial nenhum, para alimentar essa levedura.
 
E o trambolho que faz o serviço pesado (foto Oia News)
Quanto mais o Brasil produz biodiel, mais glicerol é produzido e, antigamente, não tinha utilidade. Bergmann explica que, na verdade, o que eles fazem é pegar o lixo e transformá-lo em produto com alto valor agregado.

Com informações de:

Dr.ª Jessica Bergmann, Phd. Em entrevista ao Oia News em 28 ago. 2014.

CDT/Integra. Disponível em < http://www.cdt.unb.br/multincubadora/basetecnologica/integra/?menu-principal=empresas-incubadas&menu-action=empresas-incubadas>. Acesso em 31 ago. 2014.


Revista Biotecnologia.  Disponível em < http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio37/glicerol.pdf>. Acesso em 31 ago. 2014.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

UnB faz mostra de tecnologias sustentáveis

O Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB) por meio da Agência de Comercialização de Tecnologia (ACT) realizou, nesta quinta-feira, 28 de agosto, cerimônia de assinatura de três contratos de transferência de tecnologias sociais e sustentáveis com a Cooperativa Sonho de Liberdade, a empresa Poiato Recicla e a empresa Baru. O evento contou presença de autoridades, professores e alunos da UnB, além da comunidade do DF.

Cerimônia de assinatura de contratos de transferência de tecnologias. Foto Oia News.

Na oportunidade, foram apresentadas, durante todo o dia, uma série de tecnologias desenvolvidas nos seus grupos de pesquisa e que estão disponíveis para transferência no DF e em outros estados da federação. Entre elas estão a reciclagem de bitucas de cigarro e papel moeda para confecção de papel artesanal; composição alimentar baseada no uso de diferentes partes do fruto de Palmacae, para alimentação de animais; processo de polimerização térmica de óleos e gorduras de origem vegetal, animal ou microbiano, para produção de plastificantes, lubrificantes, agroquímicos e tintas; decomposição de matéria orgânica para obtenção de bio-óleo; conversão de óleos vegetais em óleos combustíveis.
Professora Dr.ª Thèrése Hofmann, Decana de Extensão da UnB (Foto Oia News)

Essas tecnologias contribuem para a reciclagem de compostos orgânicos e inorgânicos que afetam agressivamente o meio ambiente, tornando-as soluções criativas, sustentáveis e economicamente viáveis. Em outras palavras, o CDT vem contribuindo para transformar lixo em matéria prima. Nossa esperança é que daqui a alguns anos, em vez do caminhão do SLU passar nas casas recolhendo lixo e o governo cobrar por isso, passe um caminhão de uma empresa privada comprando e pagando bem por ele.


Nos próximos dias, publicaremos posts sobre cada uma das tecnologias apresentadas, para que nossos leitores saibam que, apesar do governo, há gente trabalhando pelo progresso científico, no Brasil.

Com informações de:


CDT. Disponível em < http://cdt.unb.br/noticias/index/detalhanoticia/filtro/1178/?menu-principal=noticias&menu-action=noticias>. Acesso em 28 ago. 2014.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Antônio Ermírio deixa o país capenga



Morreu na noite deste domingo, 24 de agosto, de insuficiência cardíaca, o Brasileiro Antônio Ermírio de Moraes. O país fica capenga, sem a liderança desse paradigma da honradez.

Antônio Ermírio começou a trabalhar aos 21 anos no Grupo Votorantim e, aos 27, foi o responsável pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio. De lá para cá, tornou-se uma das 100 maiores riquezas do mundo, com muito trabalho e sem nenhuma picaretagem. Ao contrário, em 1986, candidatou-se ao governo de São Paulo com o objetivo de evitar que um picareta fosse eleito.

Além de empresário sério, presidente de um grupo presente em mais de 20 países, conseguiu arranjar tempo para presidir por 40 anos a diretoria-administrativa do Hospital Beneficência Portuguesa, publicar pelo menos 5 livros, 3 peças de teatro (“Brasil S/A”, “SOS Brasil” e “Acorda Brasil”)  e 17 anos de uma coluna dominical no jornal Folha de São Paulo.

O Homem cumpria jornada de 12 horas por dia e ainda dizia que era preciso moderação. “Eu acho que é preciso trabalhar, mas não se descuidar do lazer, para você, para sua família, para sua saúde inclusive”.

Moraes se foi com 86 anos, deixando como herança a todos os brasileiros o seu exemplo de vida. Lamentavelmente, deixou de realizar um grande sonho: morrer trabalhando.

Com informações de:

Folha de G1. Disponível em <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/08/aos-86-anos-morre-antonio-ermirio-de-moraes.html>. Acesso em 25 ago. 2014.

Folha/Uol. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/08/1505368-aos-86-morre-o-empresario-antonio-ermirio-de-moraes.shtml>. Acesso em 25 ago. 2014.

domingo, 24 de agosto de 2014

Ex-médico tarado é preso no Paraguai

Ex-médico condenado a quase 280 anos de cadeia foi preso em Assunção, Paraguai, no dia 19/08. Foragido da justiça desde janeiro de 2011, quando sua prisão foi decretada, o dito cujo vivia uma vida nababesca no país vizinho.

Considerado um dos maiores especialistas em reprodução assistida, com faturamento mensal em torno de 2 milhões de reais, o criminoso foi acusado por 39 de suas pacientes de abuso sexual, quando elas estavam sedadas e sem a companhia dos maridos ou enfermeiras.

O facínora alega em sua defesa que não abusou de ninguém, apenas exerceu seu ofício, ajudando suas pacientes a engravidarem, no método tradicional, como o holandês Ed Houben. A diferença é que ele já estava no Brasil e cobrava um troco, enquanto o outro teve que vir da Holanda e faz o serviço sem ônus. A semelhança é que ambos não assumem a paternidade.

Suas pacientes têm esperança de que ele seja tratado no presídio como elas o foram em sua clínica. Tornar-se cobaia de experiências de reprodução, neste caso, assistida pelos companheiros de cela, como é costume nas penitenciárias para quem tem esse tipo de comportamento fora delas.

Com informações de:

Folha de São Paulo. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/181558-abdelmassih-foragido-desde-2011-e-preso-no-paraguai.shtml>. Acesso em 20 ago. 2014.


G1/Fantástico. Disponível em < http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/05/holandes-que-ajuda-mulheres-engravidar-do-jeito-tradicional-vem-ao-brasil.html>. Acesso em 20 ago. 2014.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Você sabe o que é cachaça?

Você sabe qual a diferença entre cachaça e aguardente? E qual a diferença entre cachaça e pinga? O que a lei diz é que existem apenas dois nomes: cachaça e aguardente. Todas as outras denominações: pinga, água que passarinho não bebe etc. etc. legalmente não existem.

De acordo com o art. 51 do decreto 6.871, de 4 de junho de 2009, “aguardente é a bebida com graduação alcoólica de trinta e oito a cinquenta e quatro por cento em volume, a vinte graus Celsius, obtida do rebaixamento do teor alcoólico do destilado alcoólico simples ou pela destilação do mosto fermentado” (a coincidência da aguardente ter sido definida exatamente no art. 51 só pode ter sido por alguém levar um troco para isso.)  A cachaça está definida no art. 53 como “a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, com graduação alcoólica de trinta e oito a quarenta e oito por cento em volume, a vinte graus Celsius, obtida pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar com características sensoriais peculiares, podendo ser adicionada de açúcares até seis gramas por litro”. Interessante observar que a aguardente que mantenha todas as características da cachaça mas não seja produzida no Brasil não é cachaça.

O Prof. Brener Marra, o Fundador da Corfraria da Cachaça do Brasil, Boni, e o ex-Presidente e atual vice-presidente, Lúcio (Foto Oia News)

Em algumas regiões brasileiras, como o norte e o nordeste, a preferência é por teores alcoólicos mais elevados. Portanto, é mais comum encontrar naquelas regiões a expressão aguardente. Em Minas Gerais e Goiás, consome-se mais a aguardente com teor alcoólico médio de 40 graus Gl.

A cachaça pode ser também adoçada, quando recebe até 6 gramas de açúcar por litro. Quando recebe mais que 6 g de açúcar por litro, a lei exige que esteja escrito no rótulo “cachaça adoçada”.

Além dessas, existe ainda a cachaça armazenada em tonéis. Existem centenas de madeiras nas quais se coloca a bebida, deixando-a descansar por um período adequado para o paladar desejado pelo produtor. Por lei, os tonéis, ou barris, ou dornas, só podem ter a capacidade máxima de 700 litros. A limitação é porque quanto maior o tonel menor contato entre a madeira e a cachaça. Nesse caso, o rótulo receberá a descrição: armazenada em barris de carvalho, umburana etc. etc.

Para se obter uma cachaça envelhecida, é necessário primeiro ter uma cachaça de boa qualidade, para não despender esforço em vão e, pior, pagar mico, porque, quem se dispõe a pagar caro por uma bebida, geralmente sabe o que espera dela. Depois, tem que fazer uma requisição no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), cujos fiscais acompanharão o processo de envasamento e lacre e, posteriormente, deslacre dos tonéis. A cachaça deverá permanecer no mínimo um ano lacrada. Esse procedimento garante ao consumidor que a bebida genuinamente brasileira permaneceu mesmo envelhecendo. Depois de deslacrar o barril, pode-se acrescentar até 50% de cachaça nova, e ainda melado, para correção da cor. Já há proposta para alterar essa norma, excluindo-se a mistura de cachaça nova, mas até o momento, ainda não foi aprovada.

O produtor poderá optar por não misturar nada após o envelhecimento.  Neste caso obterá a cachaça Premium, se permaneceu envelhecendo por um período superior a um e inferior a 3 anos, ou a Extra Premium, se o período for superior a 3 anos (isso está definido na Instrução Normativa MAPA n.º 13, de 29 de junho de 2005, com as alterações introduzidas pelas INs 27, de 15/05/2008 e 58, de 19/12/2007). E há garantia, porque foi fiscalizada pelo Ministério da Agricultura.

Do tempo em que foi regulamentada para o período que foram fechados os primeiros barris no Brasil, existem cachaças Premium garantidas pelo MAPA de no máximo 6, 7 anos. A primeira cachaça Extra Premium envelhecida, lacrada em barril, foi a cachaça do Ministro, cujo lançamento se deu num almoço da Confraria da Cachaça do Brasil, em Brasília. Todo o trabalho de protocolo, lacre e deslacre de barril efetuado pela primeira vez no Brasil foi no estado de  Goiás, em Alexânia, onde fica a sede da cachaça do Ministro. Este ano, vai ser lançada a Extra Premium 7 anos. Pode ter cachaça de 12, 15 anos de envelhecimento no Brasil, mas para confiar nela, precisa saber se o produtor é idôneo e se dá para confiar nele. Mas fiscalizada mesmo, mesmo tem que ter no máximo 6, 7 anos.

Existe outra diferença técnica entre cachaça e aguardente. Na produção da bebida, o destilado é separado em três frações diferentes, denominadas cabeça, coração e cauda. Os primeiros litros (cabeça) contêm elevados teores de substâncias tóxicas, como aldeídos, furfurais, ésteres e outras substâncias que causam ressaca, dor de cabeça, mau hálito, aquele gosto de guarda chuva na boca com que você acorda após tomar cachaça de qualidade duvidosa. A última fração, cauda, também contém aldeídos, ésteres e álcoois superiores. Quando se remove a primeira e a última frações, cabeça e cauda, e se aproveita só o “filé mignon”, só o coração, é que se diz, extraoficialmente, que se obteve cachaça. Aquelas bebidas onde são aproveitadas a cabeça e a cauda, mais fortes e que causam o efeito de ressaca maior são denominadas, extraoficialmente, como aguardente. Obviamente que as grandes destilarias produzem aguardente mas, por fatores comerciais, preferem usar o nome cachaça. Existe um lobby muito grande nisso, e a lei ainda não previu como resolver.

Curiosidades

·         O Governo Brasileiro definiu as expressões "cachaça", "Brasil" e "cachaça do Brasil" como indicações geográficas por meio do Decreto nº 4.062, de 21 de dezembro de 2001, garantindo sua propriedade contra o mau uso.
·         Não dá para saber se por dúvida, embriaguez ou gagueira, o legislador grafou de três formas as expressões rum e uísque, no Decreto 6.871/2009. Rum, rhum ou ron, no art. 54, III, e uísque, whisky ou whiskey, no art. 55.
·         Um produtor mineiro lançou uma cachaça de marca João Andante, em 2008, com um rótulo que é uma caricatura do rótulo do famoso uísque Johnnie Walker.  Os britânicos o processaram por plágio e ele perdeu o direito de usar essa marca. Mas ganhou fama, cortou o “joã” e as pernas do caminhante no rótulo e lançou O Andante, na Expocachaça, realizada na Expominas em maio deste ano.
·         O trabalho desenvolvido pelas Confrarias de Cachaça espalhados pelo país e pelos fabricantes de cachaças artesanais têm obtido êxito. As vendas de cachaças tradicionais estão estáveis, e as de cachaça “de verdade” estão crescendo. Tanto que as grandes destilarias estão se direcionando para esse mercado e produzindo as suas Premium.

Com informações de:

Brener Marra, Engenheiro Agrônomo, cachaçólogo, professor de Tecnologia de Bebidas Fermentadas e Destiladas da Universidade Federal do Paraná.

Carlos A. Galinaro, Alexandre A. da Silva, Daniel, R. Cardoso, Douglas W. Franco. Perfil dos compostos secundários nas frações (cabeça, coração e cauda) da cachaça. In Sociedade Brasileira de Química ( SBQ). Disponível em <http://sec.sbq.org.br/cdrom/31ra/resumos/T1033-2.pdf>. Acesso em 1.º jul. 2014.

Uol Economina. Disponível em <http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2014/05/20/cachaca-joao-andante-perde-processo-para-johnny-walker-e-vira-o-andante.htm>. Acesso em 30 jun. 2014.

Uol Economina. Disponível em < http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2012/06/06/grandes-fabricantes-investem-em-cachacas-premium-que-chegam-a-custar-mais-de-r-100.htm>. Acesso em 30 jun. 2014.


E da legislação já mencionada.

Presidente fala da "morte que tirou a vida" de Eduardo Campos

A presidente da República manifestou “os mais profundos pêsames” à família de Eduardo Campos, pela “morte que tirou sua vida”. O candidato a Presidência foi vítima de acidente aéreo ocorrido na manhã desta quarta-feira, 14/08, em Santos, São Paulo, em viagem entre o Rio de Janeiro e Guarujá. Foram vítimas do acidente mais quatro passageiros e dois tripulantes da aeronave, além de 50 pessoas que ficaram sem teto, porque o avião tirou o teto de suas residências.

Em seu pronunciamento, sua excelência disse que o falecido seguiu os passos do avô, Miguel Arraes. Não se sabe se por ter sido governador de Pernambuco por dois mandatos, como o avô, ou se por ter ido desta para melhor na mesma data que o avô. Falou também que o falecido “tinha um futuro extremamente promissor pela frente”, ao contrário dela, que provavelmente terá um futuro extremamente promissor para trás. Lamentou que ele poderia “galgar os mais altos postos do país” e nos livrar de seu governo (dela) por mais quatro anos. Num momento de profunda mediunidade, disse esperar “que o exemplo do Eduardo Campos sirva para mantê-lo vivo.

Estendeu suas condolências “às famílias das vítimas que por acaso tenham sofrido as consequências daquele desastre”. Nesse caso, inclui a família do motorista de táxi que, por acaso, passava pelo local e parou para unir-se à multidão de curiosos que se aglomeraram nas imediações, atrapalhando o trabalho dos bombeiros, e deixou de pegar três ou quatro corridas, com sérias consequências financeiras para seus entes queridos.

Finalmente, a presidente decretou luto oficial de três dias, e prometeu poupar os brasileiros de três dias de sua campanha para não ser despejada dos Palácios do Planalto e da Alvorada, onde ela está adorando morar e trabalhar, para desespero da nação. Se você duvida que ela falou a besteirada que está mencionada acima, vá lá no link abaixo e confira.

O Oia News, embora não perca a oportunidade de tirar sarro de quem merece, manifesta seu pesar pelo infausto ocorrido, lamentando o falecimento de pessoa tão honrada e o pronunciamento lamentável da presidente da Nação.

Com informações de: