Na mostra realizada pelo Centro de Apoio ao
Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB), no dia 28 de
agosto, foi apresentada a produção da Integra, empresa especializada no
desenvolvimento de micro-organismos para produção de químicos usando matéria
prima renovável.
Os bioprocessos desenvolvidos pela Integra minimizam a
produção de resíduos e toxicidade, além de tornar os processos mais eficientes
e seguros ecologicamente. Como ferramenta, utiliza a engenharia metabólica, que
consiste na manipulação das vias metabólicas de um micro-organismo, com o
intuito de favorecer a produção de uma determinada substância. Com isso,
conseguem extrair, inclusive do que era considerado lixo até bem pouco tempo, produtos
químicos que substituem derivados do petróleo.
Pesquisadora, Dr.ª Jessica Bergmann, PhD (Foto Oia News) |
Segundo a pesquisadora Jessica Bergmann, atualmente o
carro chefe da Integra é a produção de ácido lático, a partir de uma levedura
modificada geneticamente. O ácido lático tem várias aplicações na indústria. Tanto
na indústria cosmética, como para ser polimerizado para produzir o bioplástico,
ou seja, o plástico que não é derivado do petróleo. A grande sacada da Integra
é a utilização do glicerol, que é um subproduto da produção do biodiesel e não
tinha valor comercial nenhum, para alimentar essa levedura.
Quanto mais o Brasil produz biodiel, mais glicerol é produzido
e, antigamente, não tinha utilidade. Bergmann explica que, na verdade, o que
eles fazem é pegar o lixo e transformá-lo em produto com alto valor agregado.
Com informações de:
Dr.ª Jessica Bergmann,
Phd. Em entrevista ao Oia News em 28 ago. 2014.
CDT/Integra.
Disponível em < http://www.cdt.unb.br/multincubadora/basetecnologica/integra/?menu-principal=empresas-incubadas&menu-action=empresas-incubadas>.
Acesso em 31 ago. 2014.
Revista
Biotecnologia. Disponível em < http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio37/glicerol.pdf>.
Acesso em 31 ago. 2014.
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