segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Polícia e MP zombam dos cidadãos

Em plena campanha eleitoral, são comuns as denúncias de candidatos cometendo os mais terríveis crimes eleitorais. Todos os meios de comunicação de massa denunciam, com fotos, vídeos e declarações de testemunhas. No entanto, a polícia e o Ministério Público (MP) não processam nem prendem os criminosos.

Neste domingo, foi apresentado pelo programa de maior audiência no horário, para o Brasil inteiro, pessoas recebendo dinheiro de candidatos para votarem neles. No Distrito Federal, um candidato a governador já foi condenado em duas instâncias e é líder nas pesquisas de intenção de votos. Mas as autoridades fazem vista grossa para os maiores criminosos eleitorais, os eleitores que votam mesmo contra uma lei de iniciativa popular.

Os candidatos compradores de votos estão sendo investigados, mas os vendedores de votos não. O MP abriu processo contra a candidatura do ex-senador e ex-governador que renunciou a ambos os mandatos, mas não processou os criminosos que o elegeram. Os eleitores espertalhões e aproveitadores são muito piores que os políticos desonestos. São eles que transformam a política brasileira em motivo de galhofa.

A propósito, é um insulto ao cidadão chamar de democracia um sistema político que considera cidadãos as pessoas que trocam seu voto por alguns mirréis. Ao mesmo tempo que a lei considera cidadãos quem vota em espertalhões que lhes oferecem migalhas, as autoridades os consideram vítimas. Se são vítimas, não têm consciência. Se não têm consciência, não estão em condições de exercer o direito de escolher os administradores públicos.


O que não se pode é continuar a chamar essa corja de aproveitadores de cidadãos. São espertalhões tanto uns quanto os outros e ambos merecem cadeia e a perda dos direitos políticos.

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