Próximo 23 de novembro comemora-se o Dia Internacional da
Palavra. A iniciativa é da Fundación César Egido Serrano (1), com sede na Espanha.
A entidade tem por objetivo valorizar um conceito básico: a palavra é o vínculo
entre os povos, e a linguagem é a estrutura que nos une e nos distingue como
seres humanos. A palavra se transforma, assim, na principal ferramenta da
cultura, do entendimento e da distensão. Enquanto a palavra for a prioridade
nas relações tendentes a superar conflitos, a violência será algo excepcional.
O dicionário Michaelis define distensão como "redução
ou resolução de tensões políticas e sociais geradas por conflito de interesses
em um país, entre o povo e seus governantes, entre os governos de dois ou mais
países, ou mesmo entre grupos divergentes dentro de uma mesma sociedade".
Isso vem ao encontro das relações que se estabeleceram no Brasil durante a
campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 2018. Polarizaram-se dois extremos e a palavra vem sendo
utilizada como arma, em vez de instrumento de diálogos, de ferramenta para forjar argumentos visando ao debate de idéias, princípios e valores.
Portanto, o próximo dia 23 será excelente oportunidade de refletir sobre usar a palavra como instrumento capaz de direcionar o debate eleitoral rumo ao entendimento entre os eleitores, porque, com certeza, os candidatos e políticos de todas as agremiações partidárias esquecerão o que disseram e ouviram. Irão se dar as mãos em prol dos seus interesses, enquanto os eleitores teremos desfeito amizades e semeado rancores que persistirão por muito tempo.
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