Foto: Oia News |
Depois do racionamento do transporte coletivo, das vagas nos hospitais e escolas, o Distrito Federal terá, a partir desta segunda-feira, 16 de janeiro, o racionamento de água. Quem mora no DF pode conferir as datas em que não poderá tomar banho, lavar vasilhas, roupas nem o carro e animais de estimação, no site da Caesb.
O cerrado era considerado o berço das águas do Brasil por
causa das características de seu solo. Ele tinha uma boa capacidade de
infiltração da água da chuva e armazenamento dessa água e distribuição para
outras importantes bacias hidrográficas brasileiras (1). Mas parece que essa
capacidade se esgotou com a revogação do ciclo da água pelos cidadãos de bens e
sem bens, com apoio dos governos.
O governo federal (2) estabeleceu que para serem preservados
os rios, é necessário proteger uma faixa entre 5 e 10 metros de suas margens
(lei 12.651/12, Código Florestal) e enche o saco do produtor rural, que produz
alimentos para as populações das pequenas e grandes cidades, para respeitarem essa
norma.
Mas a lei não é aplicável nas áreas urbanas. Aqui, como em
outras urbes, os rios têm estradas e avenidas como margens. Os córregos também
não estão contemplados na lei, pois são canalizados para se construírem belas
ruas asfaltadas. Também é permitido construir mansões e favelas às margens dos
córregos, rios, lagos e nascentes, nas cidades. E a administração pública provê
essas construções, muitas vezes irregulares, de água tratada, energia elétrica,
telefonia e esgotamento sanitário.
Não demora muito a ter racionamento de água em Belém, Manaus, Ilha de Marajó e outras cidades impermeabilizadas em prol do progresso e desenvolvimento
humanos.
(1)
In Revista do Instituto Humanitas Unisinos, n.º
382. Disponível em: http://fmclimaticas.org.br/wp-content/uploads/2014/03/Cerrado.-O-pai-das-_guas-do-Brasil-e-a-cumeeira-da-Am_rica-do-Sul_2.pdf.
Acesso em 15 jan. 2016.
(2)
Em países sérios, costuma-se grafar Governo
Federal, com iniciais maiúsculas. Mas isso em países sérios.
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