Mal, mal saiu o post de ontem deste blog e os grandes veículos de comunicação de massa confirmaram as informações prestadas por este modesto boletim. Após citar a grande pensadora Walesca Popozuda em uma prova para alunos do ensino médio, que não conhecem pensadores mais eruditos que a própria e outros do estilo, um professor de filosofia foi alvo da maior polêmica nas redes sociais e na grande imprensa falada escrita e televisionada (1).
O professor contou ao jornal Folha de São Paulo/Uol, que "a provocação veio depois de o colégio chamar jornalistas para cobrir a exposição de fotografias dos alunos, mas ninguém apareceu". É claro que ninguém iria aparecer: exposição de fotografias de alunos é lá algum escândalo? Jornalista gosta é de escândalo, sangue, tragédia.
Mais uma vez os jornalistas omitiram informação relevante, de que, além de professor, trata-se de grande pesquisador da filosofia contemporânea. Deixou de lado os grandes pensadores do passado, dos quais conhece toda obra de cabo a rabo, tais como Homi Bhabha, Stuart Hall, Gayatri Spivak, Fernando Henrique, para pesquisar os da atualidade, no caso Walesca Popozuda e MC Catra, cujo pensamento os jovens alunos conhecem de cor.
Entretanto, sendo minha mulher bacharel em jornalismo, embora não exerça essa honrada profissão, e eu um fugitivo de tal Curso, darei um desconto. Os jornalistas gostam de escândalo porque os telespectadores, ouvintes e leitores só compramos escândalo, crime e tragédia.
(1) Sou forçado a repetir alguns absurdos, para ser compreedido, embora não me conforme com essa expressão. A imprensa pode ser televisionada, pois as câmeras podem focar o material impresso, mas falada como?
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