terça-feira, 24 de junho de 2014

Diário de Viagem: Buenos Aires 8.ª parte

Assistir futebol pela TV, na Argentina, é muito parecido com ouvir a transmissão pelo rádio no Brasil. O narrador fala quase como um radialista e tem um comentarista para ajudá-lo, que quase não interfere na narração. Mas não enfatizam os erros da arbitragem como as TVs brasileiras, a não ser que sejam muito escandalosos. Interessante que, acompanhando as transmissões da TV Pública e da Rede TyC, tem que prestar muita atenção para saber que houve gol no jogo transmitido pela outra emissora. Também não mostram o gol do jogo transmitido pela concorrente.

A Copa do Mundo da FIFA está sendo televisionada em canais abertos da TV Pública argentina, que também transmite os jogos dos campeonatos nacionais. Uma grande vantagem é que não tem publicidade durante as transmissões. Para o Mundial, foi incluído espaço para propaganda, para "aliviar" os custos de cerca de 227 milhões de dólares. Esse incremento na economia do país é um peso (não confundir com 1 peso, ou $1) para a frágil economia de los hermanos. O horário dedicado a propaganda paga é no intervalo das partidas.

Veja o que dizem os jornais daqui

El Clarín: Fronteira com Brasil em colapso por torcedores argentinos. As fronteiras de Paso de Los Libres-Uruguaiana e Colón-Paissandu estão em colapso. Para esta quarta se esperam mais de 100 mil torcedores (argentinos) para assistir ao jogo entre Argentina e Nigéria, mas há um detalhe importante: a capacidade do estádio Beira Rio é de 48.800 pessoas. Uma coisa é certa: muitos dos que viajam não têm ingresso. E muitos não os terão. Uma enxurrada de argentinos se nota também no Aeroporto Salgado Filho, onde chegarão mais de 30 voos adicionais com mais 3.000 torcedores.

Segurança em alerta máxima em Porto Alegre. As ruas de Porto Alegre, cinzas por um inverno que começa a chegar, carregado de chuva e frio, começam a tingir-se de azul e branco. A polícia do Rio Grande do Sul terá talvez a mais difícil tarefa da Copa do Mundo: garantir a segurança de um espetáculo que, segundo seus cálculos, poderá ter um movimento de 100 mil argentinos, embora apenas 18.500 argentinos tenham comprado seu ingresso. A essas horas, se pediam 2 mil reais (cerca de 10 mil pesos argentinos) por um lugar nas arquibancadas para ver Messi e companhia.

El País: Alejandro Sabella: Temos que melhorar, começando por mim. Não confirmou a formação, porém entrará com o 4-3-3 e quer dar ritmo de jogo aos quatro fantásticos (Di María, Messi,  Agüero e Higuaín), porque eles precisam.

Ole: "Necesitam entrosamento" Sabella confirmou o 4-3-3 para enfrentar a Nigéria na quarta, mas falou de contusões e não confirmou a equipe. Acredita que o importante é "ter mobilidade para encontrar os espaços". E disse que "tem que melhorar".

Diario La Prensa: Sabella: "Temos que melhorar todos". "Devemos sobretudo ter um pouquinho mais de mobilidade para encontrar os espaços", disse o treinador da seleção argentina. "Não confirmei a equipe, mas é certo que jogaremos com a formação 4-3-3. Se Messi estiver bem, irá jogar. A ideia é entrosar os quatro da frente".

Canchallena: Deportaram o membro da torcida organizada que combinou com uma facção da torcida do Inter para conseguir ingressos. Detiveram 15 suspeitos na fronteira com o Brasil, por constarem na relação de 2.100 nomes com antecedentes, entregue pelo Ministério da Justiça argentino à polícia brasileira. Hernán Palavecino, integrante da torcida organizada do Independiente, é um deles. Foi ele quem conseguiu 200 ingressos para torcedores argentinos com o chefe da torcida organizada do Internacional.


Com informações de:

El Clarín. Disponível em <http://mundial-brasil-2014.clarin.com/seguridad-Porto-Alegre_0_1162684006.html>. Acesso em 24 jun. 2014.

El País. Disponível em <http://canchallena.lanacion.com.ar/1704122-alejandro-sabella-tenemos-que-mejorar-empezando-por-mi>. Acesso em 24 jun. 2014.

Diario La Prensa. Disponível em <http://www.laprensa.com.ar/424440-Sabella-Tenemos-que-mejorar-todos.note.aspx>. Acesso em 24 jun. 2014.

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